quinta-feira, 14 de março de 2019

UFF reúne esforços em projeto de reflorestamento do Morro Boa Vista em Niterói

UFF reúne esforços em projeto de reflorestamento do Morro Boa Vista em Niterói







Desenvolvido pelos alunos participantes do Programa de Educação Tutorial de Engenharia Agrícola e Ambiental da UFF (PET Agrícola), o projeto de reflorestamento abrange os bairros de São Lourenço, Fátima, Pé Pequeno, Cubango e Fonseca, em Niterói, e vem mobilizando parte da comunidade acadêmica da universidade. A iniciativa, que se dá em parceria com a Companhia de Limpeza de Niterói (Clin), partiu de uma das alunas integrantes do PET, Jéssica Rocha, e atualmente envolve 10 graduandos. As atividades desenvolvidas são orientadas pelos professores Departamento de Engenharia Agrícola e Meio Ambiente Carlos Pereira, Marcos Teixeira, Leonardo Hamacher e Dirlane do Carmo.
Segundo Jéssica, a iniciativa se baseia na recuperação de uma área de aproximadamente 4 mil m² do Morro Boa Vista, equivalente ao que seriam cerca de 24 quadras de vôlei, com o uso estimado de mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica. “Utilizamos técnicas conservacionistas, como plantio em curvas de nível, criação de aceiros e capina e disposição da cobertura morta entre as linhas de plantio. A implantação do reflorestamento utilizará o método de nucleação, com o uso de mudas produzidas pelo viveiro de mudas da Clin”, explica.
O trabalho, que conta com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), tem como finalidade a regeneração da biodiversidade local, propiciando assim um habitat adequado aos animais, prevenindo também a erosão do solo com o rolamento de pedras. O projeto pretende também recuperar uma área do morro que apresenta histórico recorrente de degradação causado, principalmente, pelas queimadas. A melhoria da qualidade de vida da população que habita próximo a essa localidade e a conscientização dos moradores do entorno sobre a importância da preservação ambiental são outros objetivos da iniciativa.
Segundo o professor Marcos, a ideia principal com relação à educação ambiental está na inclusão de alguma escola próxima ao local de reflorestamento no dia da realização do plantio das mudas. ”Foram elaboradas fichas com informações e curiosidades das espécies que serão plantadas com a finalidade de mostrar a importância da sua inclusão na área e no acréscimo da biodiversidade do local. Criaremos também uma cartilha informativa sobre o reflorestamento e a importância da sua manutenção para que as escolas possam incluir em suas atividades educacionais”, salienta.
O empreendimento foi dividido em 14 etapas. São elas: Reconhecimento do local; Preparação da área com a criação de aceiros; Amostragem de solo; Determinação da declividade média do terreno; Marcação das niveladas básicas; Marcação das linhas de plantio; Correção das linhas de plantio; Determinação das espécies; Criação de cordões de cobertura morta; Construção de paliçadas; Abertura de berços; Calagem; Transporte de mudas; Distribuição de mudas e Plantio.
O cronograma de planejamento sofreu algumas modificações desde o seu lançamento, motivado por razões externas, como as condições climáticas. De acordo com Jéssica, o estágio atual é a fase final da implantação das mudas. “Todos os berços já foram abertos e as mudas foram escolhidas e determinadas em campo, o que nos falta é plantar. Isso deve acontecer no próximo mês, contando com as águas de março para providenciar as melhores condições possíveis”, conclui.
fonte: UFF

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